sexta-feira, 8 de junho de 2007

Minha família...

... não é bem sociável.
Claro, todo mundo aqui curte uma festança, um churrasquinho, uma bebedeira de vez em quando. Mas a gente não costuma ir a casa de outras pessoas. Elas costumam vir até a nossa casa, a gente sempre prefere, e é aquela bagunça. E as pessoas gostam também.
Mas hoje, HOJE, feriado de corpus christi (eu sei que já passou da meia-noite, mas still), meu pai resolveu que a gente ia comer feijoada na casa do amigo dele (que é açougueiro). O meu namorado já ficou emburrado COMIGO, porque ele não curte feijoadas na casa de quem ele não conhece direito (ele é sociável como a família, preferem que venham em casa - ele não gosta de sair), porque ele sempre acha que o pessoal coloca aquelas coisas nojentas (ex: orelha de porco, pé, rabo[só pra constar: até recentemente, todo mundo mentia pra mim que aquela carne molinha que tinha na feijoada era carne seca; descobri que por anos fui enganada e comi orelha de PORCO éca!]). Aí, a gente foi até a casa do cara, que é gente fina, família toda, inclusive nova roommate da família e a minha avó. CMeu namorado foi me xingando o caminho todo, porque ele queria de qualquer jeito uma dispensa de guerra, que eu não dei (eu sofro, mas sozinha, JAMAIS).
Tinha dois panelões: um grande e um pequeno. Fui informada que o pequeno era feijoada SÓ com 20 pés de porco (argh!)e o grande, a "completa". Pesquei só linguiça e caldo, comi, e beleza.
Daí depois de comer e fumar, tava sentada conversando com o filho do açougueiro (que faz medicina) e tava contando que faço trabalho voluntário no hospital, contando histórias. E contei que tem um paciente lá de 19 anos, que meio que nasceu internado, sempre viveu no hospital porque ele precisa de respirador e outros cuidados, mas que a família ajuda em tudo, é cheio de posteres do Corinthians, e de como ele se comunica com os olhos (ele os movimenta da maneira certa) e tal. Aí a irmã do filho do açougueiro vira e fala: "Nossa, que horror, coitado desse menino", ao que eu respondo: "Pois é, mas ele não conhece outra vida, se ele tivesse tido a chance de correr, de jogar bola, de ir à escola normalmente e perdesse, acho que seria muito pior!". Aí o bichinha que faz medicina me corta no meio do que eu tô falando e solta a pérola: "É igual a uma amiga minha. A mãe dela tirou o cartão de crédito dela, e agora ela vive dizendo que preferia nunca ter tido a sofrer porque não tem mais!".
Sério. Tem alguma coisa a ver?
Por isso que a gente prefere festa em casa. Pelo menos, se a companhia for pé-no-saco, dá pra fingir que tem que fazer outra coisa e dispensar.

Um comentário:

Srta processável! disse...

hahahhahahhahhahahhah
ai Pri o que dizer pro nosso futuro médico uh???
senhorjesusqueprotejaeabençõe... rs


e festa na sua casa eh mesmo td de bom!
amo todas as vezes que vou! =)


beijos e saudaaaaaaades!
assim que entrar de férias quero sair pra tomar uma cervejinha tah???